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Stereokromatik
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24/06/2011
2 anos sem o Rei do Pop Michael Jackson
A primeira vez que ouvi o nome “Michael Jackson” foi quando minha mãe cantava uma música que mais parecia uma canção de ninar, chamada “Ben” no início dos anos 80. Curiosa, depois de alguns anos perguntei a mesma: - Mamãe, de quem é essa música tão linda que você cantava para mim todas as noites quando era pequena? Ela respondeu: - É de um lindo garotinho hoje já adulto chamado Michael. Ele canta muito, temos até um LP dele aqui em casa.
Fui procurar o disco mencionado pela minha mãe e me deparei com o “Bad”. Foi paixão à primeira música. Quando escutei a música Bad, isso com 9 anos de idade, senti algo diferente em mim. Não conseguia mais parar de dançar mesmo sem saber a coreografia.
Depois que assisti o clipe na MTV Brasil (que era muito ruim o sinal do aparelho de VHF e UHF que ficava no quarto do meu irmão em cima da TV), eu pude começar a entender o fenômeno MJ. Um homem que acima de tudo sabia cantar bem, dançar bem, expressar o amor, direitos humanos, entre outros temas em suas músicas. Fazia até 3 backing vocals próprios em uma só música (coisa que hoje em dia alguns artistas deixam para o programa Auto Tune).
A primeira vez em que Michael veio ao Brasil foi em setembro de 1974, quando se apresentou com os irmãos no então grupo Jackson 5, durante uma turnê pela América Latina.
Em 1993, o cantor retornou ao país já conhecido mundialmente como o "rei do pop" e fez dois shows no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Neste mesmo ano, a Revista Carícia fez uma edição especial enorme sobre os dois ícones da música POP da década de 90 Michael e Madonna. Lembro-me como se fosse hoje (nesta época tinha 13 anos e não tinha como eu ir para Sampa para o show dele), que perguntei a minha mãe se poderia comprar as duas revistas e a mesma falou: - Minha filha, só tenho dinheiro para uma revista, escolha quem você mais gosta e eu compro.
Senti meu coração apertado, afinal, eu amo a Madonna também, mas quando abri e li o conteúdo da revista fiquei hipnotizada. Aquele olhar tão penetrante nas fotos não me fez pensar duas vezes, - mamãe, já que a senhora não pode me comprar a passagem e nem o ingresso do show, quero a revista do rei do POP!
Feliz que nem pinto no lixo obviamente fiquei tão agarrada a revista pensando que alguém poderia me roubar em pleno Centro da Cidade do Recife naquela época. Ao chegar em casa, fui para o quarto e comecei a ler sobre tudo e passando a conhecer mais “do homem que me colocava para dormir quando criança”.
Nunca fui fã de artistas para colecionar LPs, CDs, DVDs, mas, de Michael conservei esta revista que anos mais tarde, em 2010, o Rodrigo Teaser (o maior cover da América Latina do Rei do Pop) autografou a mesma em uma festa promovida por fãs recifenses. Por mais que não fosse ele, eu senti muita emoção pelo autógrafo.
Depois de 1993, de seu apogeu absoluto na indústria da música, infelizmente, pessoas invejosas fizeram de tudo para derrubá-lo e de certa forma, conseguiram.
Michael sabia que despertava a inveja e a ira de pessoas sem coração, porém, ele sempre dizia: - O amor vive para sempre. E seus fãs sempre estavam com ele por mais que as lutas em tribunais fossem longas e caras, todos eles estavam ali sempre o apoiando, era isso que o deixava feliz e amado.
Recebi a notícia da morte precoce de MJ, um jogo de vôlei na quadra do Sport Club do Recife/PE. Não me recordo exatamente da hora, mas já era noite. Uma menina do meu lado deu um grito quando estava falando ao celular: - Ahhh, Michael Jackson morreu. Sim, eu tomei um breve susto. Minhas pernas tremiam, meu corpo tremia, e ainda falei: - Está louca? Não se dá uma notícia dessas assim, é boato!
O que mais me impressionou é que nesta hora, o jogo não foi ao mesmo. Mesmo que não tivesse fã ali do Rei do Pop, as atletas não conseguiam mais se concentrar no jogo, o estádio ficou mais em silêncio, enfim, foi algo surreal. Ao chegar em casa, a notícia que ninguém até hoje queria ouvir: - Michael Jackson is dead!!
A minha mãe demorou a digerir a notícia, e eu também, ficamos lamentando muito, mas não chorei na frente dela. Horas mais tarde já na cama, uma imensa dor estava em meu coração. Chorei, chorei muito, acho que por horas até mesmo por dias.
Depois disso, meu irmão me presenteou com um DVD sobre a história de MJ não autorizada e comprei outro só com clipes dele para nunca mais esquecer quem foi Michael Jackson, um homem com um legado no mundo da música imenso, de coreografias simetricamente perfeitas onde outros artistas tentam copiar, mas não conseguem, de uma voz doce ao mesmo tempo poderosa capaz de arrastar multidões por onde passou.
Você sempre estará em um palco luminoso, Rei do Pop. E sempre terá aplausos e lágrimas no final, pois sempre serás lembrado por aquilo que você construiu ao longo de sua carreira. Não chore querido fã, ponha o CD/DVD dele para tocar, relembre quem foi este grande ícone da música mundial, faça-o feliz, era assim que ele queria que o fã estivesse mesmo sem mais sua presença aqui.
Hoje, eu amo cantar porque eu me inspiro em você. Te agradeço por tudo! Vida Eterna ao Rei do Pop Michael Jackson.
Thanks!!
LucyDIVA
LucyDIVA
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